RESIDENCIA JANDIRA E JOÃO SALIBA

Habitação histórica se impôs na cidade do interior do Estado, marcando o início da linguagem do concreto aparente na cidade. Também se iniciava a profissão do autor com esta que seria sua primeira obra. A principal solicitação do casal, com cinco filhos, fora uma habitação térrea.
O terreno, enquanto centro da cidade de 50 mil habitantes, fora um privilégio nas dimensões (22x44m), e topografia praticamente plana e em declive em relação ao leito da rua. Isso permitiu que a casa fosse afastada cerca de 10m da calçada, garantindo maior privacidade. Destacando o telhado, elemento forte apresentado na principal vista da rua. A fachada exigiu cobertura em laje plana, que ao usar telhas de amianto compôs um recorte delicado. A área de 367m² cortada ao meio por salas e jardim central, sob lanternim em vidro, articula as áreas de serviços e dormitórios. Detalhes originais: batentes e esquadrias em ferro; brises em cedro articulados com chapas de latão.
Na época alguns detalhes de acabamento sofreram influência dos amigos arquitetos Carlos Barjas Milan, Sergio Rodrigues – no mobiliário – Jorge Zalszupin, em época das lojas L'Atelier.